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Residência Vila Zelina

Projeto completo de Arquitetura

Gerenciamento da construção

São Paulo | SP

Projeto : 2004

Conclusão da obra: 2005

Área construída : 200m²

Arquitetura:

NAVE Arquitetos Associados

      Marcio Coelho

      Roberto Fialho

      Valéria Santos Fialho 

Fotos: Nelson Kon

Este projeto surgiu da solicitação de uma habitação unifamiliar para um jovem casal com dois filhos, em um terreno localizado na Vila Zelina, bairro predominantemente residencial da zona leste de São Paulo, ocupado em sua maioria por sobrados de médio e pequeno porte.

O terreno de dimensões 7x30m levou à opção por uma implantação geminada à construção vizinha existente e encostada na divisa do lote, liberando as faces sudoeste e nordeste para a iluminação e ventilação dos compartimentos.

Entre as solicitações programáticas do cliente, além das necessidades básicas de serviço, convivência e alojamento, estava a criação de uma varanda com espaço para churrasqueira, interligada à área de lazer e jardim, com capacidade para receber os amigos do casal e das crianças.

Optamos pela criação de um pavimento térreo de ambientes integrados, com limites funcionais estruturados pela localização dos dois blocos hidráulicos e de serviço, sem barreiras visuais. A área de serviço acoplada ao corpo da casa e diretamente conectada à cozinha libera mais espaço para o jardim nos fundos do terreno e não interrompe esta conexão entre os ambientes de uso social e de lazer.

Os espaços internos se organizam ao longo de um eixo principal de circulação, com a distribuição linear das diferentes funções do programa. A circulação vertical acontece por meio de uma escada metálica que funciona também como poço de iluminação para as áreas de circulação do pavimento superior. Neste pavimento estão concentradas as funções íntimas da casa, com os dormitórios e uma sala familiar.

Para atender às exigências de um orçamento bastante limitado organizamos a estrutura em 06 pares de pilares, localizados na periferia da construção, com a utilização de lajes pré-fabricadas com vão máximo de 5,50m. A exceção a esta organização acontece apenas no pavimento inferior, onde uma empena estrutural de concreto recebe as cargas do pavimento superior através de uma viga-caixilho metálica, permitindo, ao mesmo tempo que isola a área privativa de estar da garagem, um rasgo de luz para completar a iluminação da sala.

No pavimento superior a opção pela empena se repete, mas em alvenaria e sem função estrutural.  Estas duas paredes cegas formam a fachada frontal da casa, voltada para a face sul do lote, evitando o contato direto com os ruídos e interferências da rua e do acesso de veículos. Este isolamento é interrompido apenas pela luz proveniente da faixa de caixilharia que divide as duas superfícies.

Em contraponto a este isolamento físico, a empena cega do pavimento superior serve como suporte para um mural artístico, sugerindo um diálogo visual entre a casa, a rua e a vizinhança.

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